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Tag: Psicoterapia

COMO O RACISMO PODE AFETAR A SAÚDE MENTAL DAS PESSOAS

Racismo

Racismo – Como isso pode afetar sua saúde mental

Segundo a sócio-histórica-cultural, abordagem da psicologia que tem como um dos seus principais teóricos, Vygotsky, o ser humano é um alguém que se desenvolve a partir da sua relação com outro, com o meio em que vive e sua cultura, ou seja, desde pequeno até o fim da vida, o ser humano vai desenvolvendo suas capacidades humanas, sejam cognitivas, físicas, etc. Como fala, escrita, interação social e outras habilidades, a partir da relação com o meio e com algo que o media, onde muitas das vezes será outro ser humano, o mediador. Sendo assim, sua história de vida vai sendo impactada por tudo o que acontece com ele, as experiências, as lições que são ensinadas em casa, na escola e outros locais, os ensinamentos e regras sociais que lhe são ensinados pelos amigos, a sociedade e cultura na qual está inserida (LUCCI,2011). 

Dito isso, toda sua identidade será formada a partir dessas relações sociais, experiências, ambientes etc. e consequentemente a pessoa, como um ser, será impactado e irá formar certos conceitos e significados sobre si, seja sobre sua aparência, gostos pessoais, a forma como se ver no mundo, suas qualidades, e muitos outros aspectos. Então, a sociedade constrói e afeta o ser, afeta sua saúde, sua autoestima e sua formação de identidade entre outras características do ser (LUCCI,2011). 

Falando de Brasil, vivemos em uma sociedade que historicamente foi colonizada por países europeus, neste processo que houve escravização de pessoas advindas do continente africano, escravizando também os povos indígenas que já ocupavam o país, toda essa ação de colonização foi sangrento, cruel e que moldaram nossa sociedade brasileira até os dias de hoje, deixando marcas profundas e fazendo com que este país se tornasse esse lugar racista, com pessoas negras, indígenas e outras pessoas não brancas, mas nesse texto, iremos focar nas pessoas pretas que são as mais atingidas pelo racismo nesse país(RIBEIRO,2019). 

O racismo é um processo de discriminação a um grupo de pessoas pela cor de sua pele, sendo um processo necessariamente histórico, onde houve opressão de um grupo sobre outro, ocorrendo processos de exclusão e nesse caso de escravização. Pessoas negras no Brasil, passam por discriminações mais diretas, como xingamentos e ofensas, mas é preciso entender que é um processo estrutural e está em vários aspectos da sociedade e da vida de pessoas pretas, no mercado de trabalho, nos relacionamentos amorosos, na mídia, e outros lugares, seja por exclusão, seja por estereótipos cruéis e desnecessários que se criaram de pessoas negras, seja pelo simples fato de ser descredibilizado em uma vaga de emprego, tudo isso, pela cor da pele, pelo cabelo e traços e toda a sua história(RIBEIRO,2019). 

Agora quero lhe trazer um exemplo, imagine, uma criança negra nasce em uma família que apesar de ter pessoas negras, não têm tanta consciência racial(termo usado para informar que a pessoa conhece sobre questões raciais e como ela afeta pessoas negras), essa família fala o tempo todo como o cabelo crespo dela não é bonito, que deve alisar, o quanto a sua cor e seus traços não são bonitos, o quanto ela não é tão inteligente e que ela precisa se provar e se esforçar muito mais que uma pessoa branca, que ela provavelmente não vai encontrar alguém que se relacione com ela amorosamente e a assuma, e essa criança ouve isso na escola e outros lugares, de acordo com que vai crescendo e se desenvolvendo(RIBEIRO,2019). 

Ela também percebe o quanto não tem tantas pessoas pretas em lugares de poder, em cargos importantes no mercado de trabalho, na política, na mídia, mas ela ver pessoas negras o tempo todo mortas no noticiário, em situação de vulnerabilidades sociais ou em cargos de base e pouca remuneração no mercado de trabalho. Enfim, imagine uma pessoa preta crescer em todo esse contexto, sem ter referenciais de beleza, de sucesso, ou acesso a uma educação que a faça refletir e admirar suas raízes, sua história e aparência, sem suporte, apoio ou qualquer ajuda para entender as suas potencialidades, gerando marcas, adoecimento, traumas, possíveis questões de autoestima, de não aceitação da própria pessoa, insegurança e pensamentos de incapacidade, sem falar nos medos e na insegurança pela sua própria vida. O racismo afeta diversos aspectos da saúde mental de pessoas negras e dependendo do quão grave seja essas experiências, as marcas e o adoecimento também poderão ser graves. 

Segundo a matéria da Universidade Tiradentes (UNIT), tendo dados do CVV e do Ministério da Saúde: 

As chances de um adolescente ou jovem cometer suicídio é 45% maior entre negros. Entre  os do sexo masculino, as chances aumentam em 50% se comparados aos brancos também na faixa etária entre 10 e 29 anos. Dentre as preocupações da população, destacaram-se na pesquisa o medo constante de sofrer abuso ou violência policial, medo constante de sofrer discriminação ou preconceito racial e não saber como lidar. 

A matéria mostra o quão vulneráveis às pessoas negras se sentem e estão de fato, em risco, em detrimento do racismo, o quanto ele pode acarretar prejuízos psicológicos a vida. 

Na mesma matéria da Universidade Tiradentes, também vimos: 

Já entre as principais causas associadas ao suicídio entre negros, os sentimentos mais citados são a ausência de sentimento de pertencimento, sentimentos de inferioridade e de incapacidade, rejeição, violência e solidão. O entendimento entre a diferença de tratamento em locais públicos e privados, também é uma das causas apontadas pela pesquisa. Os indicadores também mostraram que muitas das pessoas entrevistadas esperam medidas mais práticas de combate à violência e responsabilização das pessoas brancas, entendendo que o problema racial é uma questão para toda a sociedade. Além disso, traumas, acumulados ou vivenciados de maneira mais intensa, podem desencadear, no longo prazo, transtornos psicológicos em parte da população e afetar a saúde mental. Os especialistas explicam que o estudo feito em São Paulo é uma amostra do que ocorre em todo território nacional.  

Nesse trecho podemos ver aspectos importantes serem prejudicados, trazendo prejuízos às pessoas e dificuldades de lidarem com questões tão importantes em si mesmos e na sua identidade, sentimento de incapacidade e inferioridade por exemplo, são aspectos que podem prejudicar no trabalho, estudos, na relação com as pessoas, e outros aspectos.  

Por meio da violência, segundo o Atlas da Violência de 2019: 

No Brasil em 2019, por exemplo, reiteram que 75,5% das vítimas de assassinato no país eram negras e, na década compreendida entre 2007 a 2017, o percentual de negros vítimas de homicídio crescera 33,1%, com proporção maior nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, e Alagoas. 

Como viver em um país onde se sabe que você como pessoa negra pode ser o próximo a morrer? Quando pessoas iguais a você estão morrendo de forma violenta, como não se afetar com todos esses riscos? Como não sentir medo?. 

Ainda na matéria da UNIT, com base nos dados da PNAD Contínua 2019, podemos refletir sobre desigualdades baseadas em raça no mercado de trabalho: 

A taxa de desocupação foi, em 2019, de 9,3%, para brancos, enquanto que para pretos ou pardos foi de 13,6%. Já entre as pessoas ocupadas em trabalhos informais, o percentual de pretos ou pardos chegou a 47,4%, enquanto entre os trabalhadores brancos foi de 34,5%(2022) 

Como ter expectativas de melhorar de vida, ter um bom emprego, se sentir suficiente, capaz, e potente, quando o mercado de trabalho é ainda mais difícil para uma pessoa negras?. 

É preciso tratar o racismo com a sua devida importância, entendendo que ele irá afetar diversas áreas da vida de uma pessoa preta, compreendendo assim que é uma questão de saúde mental, então, todos esses aspectos que vimos, podem adoecer e trazer sofrimento para pessoas negras, mas também entendendo que esse adoecimento é trazido por estruturas sociais que foram construídas e precisam ser modificadas. É importante que pessoas pretas passem a se cuidar, a entender-se como pessoa negra e ver suas potencialidades, mas também é necessário que toda a sociedade  se mobilize e entenda seu papel nesse combate, é preciso que pessoas brancas se responsabilizem, que entendam seus privilégios nessa sociedade racista, que compreendam e busquem combater essa perpetuação do racismo na sociedade. 

O processo de psicoterapia, por exemplo, é um lugar muito importante para pessoas negras entenderem como o racismo a afetaram e como ela pode modificar esse modo de se ver, como lidar com os sofrimentos e dores advindos do racismo, entendendo seu potencial e essa estrutura racista. Promovendo assim, saúde para a população preta, através da psicoterapia. Mas também é um excelente espaço para que pessoas brancas reflitam sobre seus privilégios e seu papel na mudança dessas estruturas racistas, pois, como fala (Davis,1981) “Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista”. 

Por: Raylton Oliveira – Psicólogo | CRP: 17/7141 

Revisado por: Lannesca De Paiva – Licenciada em Letras – Português e Espanhol 

Fontes: DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016, 244p. 

ESTUDO indica que racismo afeta saúde mental da população negra: Discriminação racial e desigualdade social no Brasil interfere na qualidade de vida e na saúde mental de pessoas negras. UNIVERSIDADE TIRADENTES, [S. l.], p. ., 24 fev. 2022. DOI . Disponível em: https://portal.unit.br/blog/noticias/estudo-indica-que-racismo-afeta-saude-mental-da-populacao-negra/. Acesso em: 27 ago. 2023. 

LUCCI, Marcos Antonio et al. La propuesta de Vygotsky: la psicología socio-histórica. 2011. 

RIBEIRO, D. PEQUENO MANUAL ANTIRRACISTA. Rio de Janeiro: Companhia Das Letras, 2019. 

Conexões & Afetto.

Psicólogo Psicoterapia

PRIMEIRO A GENTE SE RELACIONA COM A CULTURA

Cultura

Cultura

Se relacionar é uma das coisas mais difíceis para nós, humanos. São muitas as dificuldades para que uma relação possa ser funcional e saudável. Primeiro, porque a forma como geralmente nos ensinam sobre dar e receber amor é distorcida, pois é baseada na nossa cultura e no sistema em que vivemos, ou seja, no machismo e no capitalismo. Aprendemos desde crianças a competir (principalmente nas escolas), a ganhar, a tirar vantagem, a possuir, a controlar, a exigir e, principalmente, a usar ou a ser usado. A nossa história enquanto humanidade é embasada em violência e opressão. Embora exista uma corrente (fundamentalista) supostamente voltada para a solidariedade, essa muitas vezes só é um disfarce para controlar e violentar ainda mais. A corrente humana e coerente só se consolida por meio de muito esforço, sacrifício e resiliência. Como psicólogo sócio-histórico-cultural, observo que é impossível falar de relacionamento sem analisar todo esse contexto. 

E nessa lógica vamos cobrando do outro aquilo que muitas vezes nem damos. Porque é assim que o sistema funciona, lucra mais quem tem mais funcionários (provavelmente bem mal remunerados) para obedecer. A escravidão virou a forma como nos relacionamos. 

De um lado o opressor e, do outro, o oprimido. Geralmente a pessoa que se anula na relação vai beber da lógica social cristã, na qual somos ensinados a dar sem esperar nada em troca, por uma ótica de amor como entrega, doação de uma única parte. E se for levantar a questão de gênero, o recorte desse amor como compaixão, socialmente, fica por conta das mulheres e, os homens, com o da lógica de lucro patriarcal. Estes, por sinal, trocam seus “amores” com muita facilidade, pois geralmente são relações de uso e nessa lógica criamos dois tipos de perfis, os que usam e os que são usados. Não à toa os ditos narcisistas se dão bem com os carentes de amor, que são tão bem manipulados, ambos têm seus comportamentos embasados no modelo no qual foram educados. Particularmente, eu associo esse funcionamento mais ao social do que aos traços de personalidade. Se pararmos para pensar, é assim que somos ensinados. Felizmente, aos trancos e barrancos as coisas estão mudando (sou otimista?) e estamos mais conscientes dessas problemáticas. Vejo mudanças na arte, na psicologia, mas ainda sinto que o lado que luta por equidade é a minoria, pois, como diria Paulo Freire, o sonho do oprimido é ser opressor.  

Faltam mais pessoas que enxerguem o mundo enquanto casa e as pessoas enquanto colaboradores, para que a casa não caia. É preciso mais relações de troca, de solidariedade. O machismo acaba com a lógica de amor como troca, o capitalismo ensina que para um bilionário existir é preciso muitos pobres trabalhando e vários desempregados para justificar a valorização da oferta de salários baixos. Sinceramente, não sei se o ser humano é altruísta o suficiente para outros sistemas, mas é importante debater muito este no qual vivemos e, aprendendo sobre isto, vamos entender melhor os nossos relacionamentos, os nossos adoecimentos e a nossa necessidade de amar diferente. 

Por: Artur Seabra – psicólogo |CRP: 17/6855 

Revisado por : Samira Jorge 

Conexões & Afetto

Psicólogo Psicoterapia

MIGRAÇÃO –  CONSTRUINDO CONEXÕES  E REINVENTANDO DESTINOS 

Migração

Nossa jornada é marcada por escolhas e encontros que nos conduzem a novos horizontes. No percurso da vida, a riqueza está nas experiências compartilhadas e nas relações que cultivamos ao longo do caminho. 

Ao traçar novas rotas, encontramos desafios e oportunidades que nos impulsionam a crescer e evoluir. Cada passo, cada decisão, nos aproxima dos nossos objetivos e nos ajuda a construir trajetórias únicas e autônomas. 

Nesse sentido, em se construir um novo rumo para a vida, a experiência de ser um imigrante pode ser emocionalmente, porém  desafiadora e por vezes nessa trajetória a solidão pode nos assolar. Alguns imigrantes enfrentam barreiras linguísticas, choque cultural, racismo, dificuldades de adaptação, obstáculos  profissionais e por fim  frágeis conexões sociais. Esses fatores podem contribuir para sentimentos de ansiedade, depressão, solidão, tristeza e estresse. Comprometendo o bem estar emocional tão necessário para impulsionar essa nova experiência. 

É preciso estar calma, e ter sempre em mente que novos hábitos e adaptação é um processo lento e gradual, tal como plantar uma semente e vê-la se desenvolver aos poucos, a sua adaptação também é uma criação em curso. À medida que se explora a cultura, as pessoas e os costumes do novo país, verá que está se enriquecendo com uma bagagem de conhecimentos e vivências únicas. 

Diante dos desafios e dilemas que surgem durante o processo de construção da identidade e sentimento de pertença, a busca por ajuda e apoio não apenas proporciona um espaço para lidar com as dificuldades, mas também promove o crescimento pessoal e a construção de resiliência.

Estar com a mente aberta ao processo terapêutico pode ajudar na travessia do processo de imigração, a desenvolver habilidades para lidar com o estresse e a ansiedade, melhorar a autoestima e a autoconfiança, fortalecer relacionamentos interpessoais e lidar com problemas culturais e familiares. O objetivo é ajudar a pessoa a desenvolver habilidades para se adaptar a uma nova cultura e criar um senso de pertencimento e bem-estar emocional em seu novo ambiente. 

Portanto, siga em frente com confiança e paciência. Saiba que cada dia é uma oportunidade para se conectar, construindo novos rumos, desistir não é a meta. 

Por: Christina Santos – Psicóloga | CRP: 17/6967 

Sobre um Relato de experiência.  

Psicólogo Psicoterapia

O QUE A ANGÚSTIA TEM A NOS DIZER?

Angústia

Um estado de aflição, irritação por algo que não se conclui, ou não se consegue identificar em um primeiro momento, mas simplesmente se apresenta. O medo frente ao desconhecido que surge após os encerramentos de ciclos impostos pela vida, ou ainda, o medo sentido ao entrar em contato com a possibilidade da própria finitude. A angústia vem falar que algo não está bem, surgindo como um chamado à necessidade de transformar e por vezes ressignificar determinada circunstância. No entanto, ao passar pela experiência, pode-se encontrar inúmeras dificuldades para compreender quais são as causas desse estado de aflição e até mesmo como manejá-lo. 

Durante o decorrer da existência, cada pessoa tem sua vida atravessada por eventos relacionados ao desenvolvimento humano, decorrendo mudanças de ordem biológica, sócio-culturais e emocionais, marcando o espaço tempo durante a infância, adolescência e fase adulta. Colocado desse modo, pode parecer um movimento linear e previsível, dentro de tais etapas. Como algo natural que acompanhará o jeito de ser de cada um: o aprender a engatinhar, andar, falar, relacionar-se com amigos e família, integrar um grupo ou uma “tribo” na adolescência, encarar as responsabilidades da vida adulta alcançando por vez a velhice como última fase do ciclo vital. 

Em meio a esse caminhar, os altos padrões impostos pela vida contemporânea, os conflitos gerados pelas múltiplas escolhas oferecidas e os eventos imprevisíveis expostos pelo cotidiano, são alguns dos exemplos causadores de angústia. Um sentimento natural do ser humano e importante para provocar a vontade de quebrar a inércia, que o imobiliza em dados eventos do desenvolvimento, como os questionamentos da juventude, a insatisfação com um emprego, o fim de um relacionamento. 

Essa quebra proporciona a busca por algo que faça sentido ou gere um novo sentido. Nesse ponto é importante destacar uma reflexão sobre um pensamento que pode invadir a pessoa “Qual o sentido da minha vida?”, não se pode pautar a pergunta na procura de um sentido único para vida, mas na capacidade que a vida tem em oferecer vários sentidos, a depender do contexto. 

Mas quando a angústia não é suficiente para impulsionar quem passa pelo sofrimento psíquico a sair deste, mesmo que se sinta desconfortável? O estado de apatia potencializa-se chegando ao tédio e à sensação de vazio e falta de propósito ou de sentido para a vida. Uma demanda implícita em estados de ansiedade, baixa autoestima, depressão e casos de ideação suicida ou automutilação, por exemplo, sendo apresentados dentro do processo psicoterápico como resultado de uma dor emocional latente. 

A partir das questões existenciais presentes em tais demandas, a psicoterapia clínica, fundamentada na logoterapia, disponibiliza um processo terapêutico voltado ao cuidado relacionado as frustrações de sentido gerados por conflitos que pautam as relações do homem consigo mesmo e o mundo que o cerca. Despertando-o para habilidades próprias da condição humana como a superação e a ressignificação, a pessoa trabalha o autodistanciamento. Dessa forma, consegue ampliar a sua maneira de ser no mundo ao enxergar novas possibilidades contidas em sua liberdade de escolha. Um processo desenvolvido dentro do espaço terapêutico em uma parceria entre a pessoa e o psicólogo. 

Por: Monica Dini – Psicóloga  | CRP: 17/6971 

Fontes:  

AQUINO, Thiago Antônio Avellar de; GOUVEIA, Valdiney Veloso; PATRÍCIO, Karizy Soany Costa; SILVA, Maria Gorete Sarmento da; BEZERRA, ,Jacqueline Lisete de Macedo; JUNIOR, Valdemir Bezerra de Souza; NETO, Waldemar Moreira de Oliveira. O Amor entre Jovens em Tempos de Ficar: Correlatos Existenciais e Demográficos. PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO, [s. l.], 2012. 

psicologia Psicoterapia

UMA REFLEXÃO SOBRE O GERENCIAMENTO DO TEMPO E A PROCRASTINAÇÃO. 

GERENCIAMENTO DO TEMPO

Outro dia três mulheres caminhavam na rua com sete cachorros. Vendo-as conversar, percebi que nenhum dos animaizinhos lhes pertencia. Eram dog walkers (passeadoras de cães). Mais tarde mandei meu cachorro ao petshop para o banho semanal e no fim do dia, retornando do trabalho, observei um jardineiro a aguar as plantas de um belo jardim. E uma reflexão veio, como uma espécie de questionamento, porque ações tão simples e que para nossos avós e pais eram prazerosas, como o passeio e cuidado com seu pet ou o cuidar de suas plantas foram terceirizadas? Quantas pessoas possuíam um hobby como colecionar e catalogar selos, trabalhos manuais como desenho e pintura, tocar um instrumento musical e abandonaram por falta de….. Tempo. 

Parece que em um mundo digital, o tempo corre diferente, sua velocidade não permite que se perca tempo com o que demanda por vezes de paciência e dedicação. Temos animais para amar, plantas para cuidar, hobbies que nos dão prazer, mas não temos tempo para amar, cuidar ou realizar o que gostamos em muitos casos por falta de tempo. Será?  

De acordo com a perspectiva do psicólogo behaviorista Burrhus Frederic Skinner, o gerenciamento do tempo é um comportamento resultante das variáveis ambientais. Tais variáveis apresentam um conjunto de atividades que deverão ser realizadas em um espaço-tempo, nesse caso o que passa a ser gerenciado não é o tempo, mas as atividades a serem realizadas, como fora observado por Yoshiy e Kienen (2018) no artigo Gerenciamento de Tempo: Uma interpretação analítico comportamental. 

Como dizia o poeta Cazuza o “Tempo não Para”, todos os dias uma lista infindável de atividades se soma às já existentes, seja dentro do próprio trabalho ou nas tarefas do cotidiano pessoal, o que inclui família e autocuidado, cabendo a cada um organizar o próprio tempo. O “gerenciamento de tempo” é algo que impacta a rotina sendo um fenômeno estudado desde meados do século XX, provocando reflexões a cerca do tema que não possui uma definição única, mas a de diversas percepções dentro da teoria.  

Talvez, por isso, falar de gerenciamento de tempo possa parecer algo tão distante, quando levamos para a prática e procuramos aproximá-lo da realidade singular de cada um. No entanto, alguns hábitos podem abrir uma janela de possibilidades para o gerenciamento desse tempo.  

Entre os vilões que impedem um gerenciamento de tempo adequado, citamos a procrastinação . Tendo sua origem no latim, procrastinatus, onde “pro” significa “à frente” e crastinatus “de amanhã”.  A procrastinação consiste em adiar tarefas, deixando-as para realizar depois, ocasionando o acúmulo das mesmas e por conseguinte trazendo à tona sentimento de angústia, incapacidade e insegurança, por exemplo, alcançando estados de ansiedade. Suas causas podem estar relacionadas tanto a questões psicológicas como fisiológicas. O fato é que a procrastinação precisa ser observada com um olhar atento e não como uma característica apenas a servir de rótulo. 

Quando se entende as causas da procrastinação a pessoa consegue encontrar formas de enfrentamento, que farão parte de um processo de autoconhecimento. Sob essa perspectiva, a psicoterapia vem dar suporte na descoberta das causas, no manejo e na criação de uma rotina, que auxiliarão  no gerenciamento do tempo, apontando para a necessidade do autocuidado dentro do check list diário como prevenção do adoecimento mental.  

Por: Monica Dini – Psicóloga  | CRP: 17/6971 

Fontes: 

KIENEN, Nádia; YOSHIY, Shimeny Michelato. GERENCIAMENTO DE TEMPO:. Psicologia da Educação: Uma interpretação analítico-comportamental, [s. l.], p. 67-77, 2018. 

BRITO, Fernanda de Souza; BAKOS, Daniela Di Giorgio Schneider. Procrastinação e terapia cognitivo comportamental:: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, [s. l.], 2013. 

psicologia Psicoterapia

O IMPACTO DO USO EXCESSIVO DE TELAS NOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS DURANTE E INFÂNCIA

Impacto do uso excessivo das telas na infância

O IMPACTO DO USO EXCESSIVO DE TELAS NOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS DURANTE E INFÂNCIA 

    “Durante a infância, a criança começa a desenvolver relacionamentos e a aprender as regras de amizade de uma forma segura. É através dessa interação humana que as crianças aprendem a captar sinais sociais como expressões faciais, linguagem corporal e tom de voz.” Como criar filhos na era digital, Dra Elizabeth Kilbey. 

A tecnologia faz parte da realidade dos nossos filhos, mesmo que eles não a usem ainda, estão envoltos por ela o tempo inteiro ao ver os pais e outros adultos sempre conectados. E é uma questão de tempo para que eles sejam inseridos de modo ativo nesse meio, a questão é: quais os impactos do uso excessivo de telas durante a infância? São vários, impacta no sono, na alimentação, no aprendizado, na rotina, na saúde física, mental, etc. Aqui vamos nos ater a falar sobre um especificamente, o impacto do uso excessivo de telas nos relacionamentos sociais durante a infância. 

Como vimos na frase acima, é durante a infância que se começa a desenvolver relacionamentos e a aprender sobre os sinais sociais, sendo necessário, para isso, a interação com outras pessoas. O problema é que, como essa interação vai acontecer se as crianças estão perdendo várias oportunidades de se relacionar com as outras pessoas, pois estão de olho na tela do celular?Eu já presenciei cenas de entrar em elevadores e a criança sempre estar com o celular na mão e todos se cumprimentarem, menos ela, que provavelmente estava alheia ao mundo, isso às 06 da manhã! Da mesma forma, vemos isso com muita frequência em restaurantes. Para se relacionar, a criança precisa vivenciar, experimentar a realidade, o dia a dia. 

Bom, mas isso quer dizer que sou contra a tecnologia e uso de telas? De forma alguma. Se formos pensar no lado positivo das telas nas relações sociais, podemos dizer que ela facilitou a comunicação, aproximou pessoas fisicamente distantes.O problema é o uso excessivo e sem controle das telas por crianças. Esse sim, influencia negativamente, pois as crianças já estão tendo maiores dificuldades de se relacionar com a família e amigos. Até a forma como elas se comunicam podem ficar mais hostis, principalmente quando é para parar de usar telas. 

 Outro impacto observado é a diminuição das habilidades sociais, pois muitas delas são aprendidas durante a brincadeira e conversando com alguém pessoalmente. Os mais novos estão mais isolados, mesmo durante passeios, preferindo ficar com o celular do que interagindo com os outros. Ainda pensando nos impactos negativos nos relacionamentos sociais, temos aumento de casos de cyberbullying, por exemplo: 

  • Mensagens de ameaças e ofensas; 
  • Exclusão da criança em jogos, atividades, grupos online; 
  • Compartilhamento de imagens e vídeos constrangedores; 

 O impacto do bullying virtual em crianças pode ser muito grande. As crianças não têm recursos emocionais para lidar com o bullying virtual ou não. 

 Cyberbullying (bullying virtual) é o bullying realizado por meio das tecnologias digitais. Pode ocorrer nas mídias sociais, plataformas de jogos e celulares. É o comportamento repetido, com intuito de assustar, enfurecer ou envergonhar aqueles que são vítimas. https://www.unicef.org/brazil/cyberbullying-o-que-eh-e-como-para-lo 

 Já sabemos o quanto é prejudicial, o que podemos fazer, então, já que sabemos que é uma questão de tempo para que eles comecem a adentrar nesse mundo da tecnologia. Algumas sugestões de uso: 

  • Postergue o máximo de tempo que conseguir, o uso de telas. A SBP tem uma tabela com a recomendação de uso diário para crianças e adolescentes para que os pais possam se basear, caso permitam que os filhos tenham esse acesso. 
  • Se puder, evite deixar seu filho no celular. Prefira o uso em televisão, com controle parental, supervisão e tempo limitado. 
  • Seja exemplo, então, evite utilizar o celular quando estiver na mesa com outras pessoas, em festas, encontros, quando estiver brincando com seus filhos! 
  • Deixe que seu filho vivencie a realidade. Não coloque em celular ou tablet em restaurantes, em filas, em supermercado, no elevador, etc. 
  • Se seu filho já usa internet, converse e oriente seus filhos sobre bullying virtual e real. Explique as consequências tanto para quem recebe quanto para quem prática e como esse tipo de atitude pode magoar.
  •  Ensine-os a pensar no que postar, no que comentar e se é algo que ele teria vergonha de falar pessoalmente a alguém e se vai causar tristeza e raiva na outra pessoa. 
  • Proporcione momentos de socialização com diferentes grupos de crianças para que ele possa interagir com maior variedade de pessoas. 
  • Se for permitir que seus filhos tenham redes sociais: 
  •  É importante monitoramento constante e orientação sobre como utilizar de forma segura e responsável. Verifique a classificação etária (você pode ver qual é quando for baixar o aplicativo para o celular), a maioria das redes sociais tem idade mínima de 13 anos;
  • A maioria das crianças não tem maturidade emocional para lidar com redes sociais que focam na aparência e competitividade (Instagram, por exemplo) ou com postagens que as façam se sentirem impopulares. Como as “curtidas” ativam o centro de recompensa do cérebro, essas crianças podem se tornar viciadas.
  • Se você optar por permitir o uso das redes sociais, você deve configurar privacidade da conta dele, saber as senhas e sempre verificar o que ele está acessando, com quem está falando;
  • Estabeleçam, juntos, regras de uso. 

Infelizmente, como disse lá no começo, nossos filhos já estão inseridos em um mundo tecnológico do qual não temos como fugir. O que podemos fazer é tentar postergar e inseri-los mais preparados, nesse meio. Não é fácil, mas vai valer a pena.  

Por: Gabriela Morais – Educadora Parental  

 

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